domingo, 30 de agosto de 2009

APOLOGIA AO HEROI

Roubaste-me a vida no explendor dos anos,
Tiras-me o direto de fazer tantos planos
Ao lado desses filhos a quem tanto amo.

Enfrentei os perigos,
Corri as vielas das favelas
Destemido, arisco,
Envolvido num emaranhado de olhares assustados
Que partiam de todos os lados.
Era o dever que me consumia

Era o suicida,
Era o parto chegado,
Era o homem afogado,
Era o preso do assalto,
Era a greve,
O ladrão,
O incêndio que ardia,
Era eu...
Eu que socorria.

Era o dia passado,
Eram os braços esperados.
Da mulher sorridente,
O beijo envolvente.
Era o herói que chegava.
Anônimo herói; Sem glorias,sem laços,
Mas que passo a passo seguia os rastros do delinqüente exterminador.

Anônimo herói.
Sem nome,sem busto,sem praça e sem rua,
Um dia foi pego de surpresa
E tombou morto sem defesa.

Esses versos é uma homenagem a todos os policias militares que morreram e que morrem no cumprimento do dever.O autor.

Dia dos pais

Já que não posso mais abraçar
Seu corpo nesse dia.
Envolvo tua alma em minhas preces.

O MOLEQUE

Menino levado,
Menino traquina,
Que a pipa empina
Ao vento a bailar

Menino levado
De pés no chão,
Que vive correndo
Atrás dos balões

Que de tanto brincar,
Dorme sozinho
Sentado ao sofá.

Menino tranqüilo,
Que ri com seus sonhos.
Descanse feliz,
Que eu vou te velar.

SIGA SEMPRE EM FRENTE

Siga sempre em frente
Siga,
Siga sempre em frente,
Mesmo sem saber para onde ir
Ou se o futuro lhe será adverso.

Siga.
Siga sempre em frente,
Pois voltando ao passado
Poderás deparar com os dissabores
Que por muitas vezes o deixaste frustrado

Siga.
Siga sempre em frente
Sem ter hoje arrependimento pelo dia de ontem,
E sem se arrepender amanhã pelo dia de hoje.
Pois o amanhã,será sempre um novo dia
Cheio de venturas.

E mesmo que nessa caminhada venha tropeçar
Muitas vezes.
Siga.
Siga sem pré em frente.

terça-feira, 25 de agosto de 2009

O MOÇO (Moacyr Sacramento)" O MOA" Conservatoria

Não me perguntem quantos anos tenho;
e sim,
quantas cartas mandei e recebi.
Se mais jovem,se mais velho... o que importa,
se ainda sou um fervilhar de sonhos,
se não carrego o fardo da esperança morta !

Não me perguntem quantos anos tenho;
e sim,
quantos beijos troquei - Beijos de amor!
Se a juventude em mim ainda é festa,
se aproveito de tudo a cada instante
e se bebo da taça gota a gota...
Ora ! Então pouco se me dá que gota resta !

Não me perguntem quantos anos tenho:
mas...
queiram saber de mim se criei filhos,
queiram saber de mim que obras eu fiz,
queiram saber de mim que amigos tenho
e se a alguém, pude eu, tornar feliz.

Não me perguntem quantos anos tenho
mas...
queiram saber de mim que livros li,
queiram saber de mim por onde andei,
queiram saber de mim quantas histórias,
quantos versos ouvi, quantos cantei.

E assim, somente assim, todos vocês,
por mais brancos que estejam meus cabelos,
por mais rugas que vejam no meu rosto,
terão vontade de chamar-me: O MOÇO !
E ao me verem passar aqui... ali...
não saberão ao certo a minha idade,
mas saberão, por certo, que eu vivi !